“Quer emagrecer? Corte o carboidrato”, essa expressão é rotineiramente citada por alguns especialistas e seguida por quem deseja uma dieta altamente restritiva com o objetivo de perder peso. No entanto, para que o corpo funcione de forma adequada, é essencial que qualquer dieta tenha uma quantidade mínima de carboidratos, visto que o carboidrato é considerado a maior fonte de energia para o organismo. O cérebro, por exemplo, é um dos órgãos que não funcionam se a glicose não estiver presente. E a glicose, também é derivada do carboidrato.
Quando o ciclo do carboidrato, também conhecido como “carb cycling”, é aplicado em uma dieta, há uma alternância entre períodos de alta e baixa ingestão de carboidratos. Este método é frequentemente utilizado por atletas para otimizar a performance e a composição corporal. Segundo o nutricionista e esportista, Lomário Fonsêca, a base do ciclo do carboidrato envolve dias com alta ingestão de carboidratos para abastecer treinos intensos e reabastecer os estoques de glicogênio, seguidos por dias de baixa ingestão para promover a queima de gordura.
“Realizar o ciclo do carboidrato é ideal para perder gordura, mas, ao mesmo tempo, contribuir para o ganho de massa muscular, além de obter energia para a realização de exercícios físicos de alta intensidade, como aquelas atividades praticadas por atletas profissionais, por exemplo”.
Perigos da restrição completa
No entanto, ainda de acordo com o nutricionista, Lomário Fonsêca, eliminar completamente os carboidratos da dieta pode ter várias consequências negativas para a saúde, pois sem uma quantidade adequada de carboidratos, o corpo pode entrar em uma condição chamada cetose, que nada mais é um estado onde o organismo utiliza gorduras como fonte de energia.
“Embora a cetose possa ser eficaz para a perda de peso a curto prazo, ela pode levar a efeitos colaterais como fadiga, fraqueza muscular, dores de cabeça e dificuldade de concentração. Além disso, a falta de carboidratos pode comprometer o desempenho físico, afetando negativamente a capacidade de realizar exercícios intensos e de recuperar adequadamente após os treinos”, enfatiza Lomário.
Benefícios psicológicos e flexibilidade
Além dos benefícios físicos, o ciclo do carboidrato oferece vantagens psicológicas significativas. A flexibilidade inerente a este método dietético permite que os indivíduos desfrutem de uma maior variedade de alimentos, o que pode ajudar a prevenir a “mesmice” alimentar e aumentar a adesão a longo prazo. “Dias de alta ingestão de carboidratos podem ser estrategicamente posicionados para coincidir com eventos sociais ou refeições especiais, reduzindo o estresse e a sensação de restrição comum em dietas mais rígidas. Essa abordagem balanceada e adaptável pode levar a uma melhor relação com a comida e ainda promover hábitos alimentares saudáveis e sustentáveis ao longo do tempo”, destacou o nutricionista.
Lomário Fonsêca
Além de esportista, Lomário Fonsêca é nutricionista, especialista em performance esportiva, principalmente com a aplicação do seu método “Ciclo do Carboidrato”. Lomário, que é natural do Rio Grande do Norte, como nutricionista e esportista, dedica sua carreira a ajudar pessoas a transformar suas vidas através da nutrição.
Com uma abordagem inovadora e personalizada, foco em longevidade saudável e desempenho esportivo, o especialista acredita que a alimentação é a chave para desbloquear o potencial máximo do indivíduo, seja no esporte ou na vida cotidiana.
Atualmente, Lomário é coordenador do Núcleo de Nutrição do Espaço Volpi, em São Paulo, e trabalha com pacientes de diversas modalidades esportivas, incluindo Handebol, CrossFit, Triatlo e Artes Marciais, sempre com o objetivo de potencializar a saúde e a performance física. Lomário Fonsêca, acredita na força de uma alimentação estratégica e está sempre disponível para guiar seus pacientes em cada passo dessa jornada.
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QUÉZIA BARBOSA ESTEVÃO
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