A política nacional cultura viva voltou. O Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, lançou o edital Cultura Viva-fomento aos pontões de cultura, que vai selecionar quarenta e seis organizações da sociedade civil para celebrar o termo de compromisso com os pontões de cultura.
As entidades culturais (instituições privadas sem fins lucrativos) têm até o dia dois de outubro para fazer o cadastramento e enviar a documentação para análise no sistema mapa da cultura.
Com um investimento na ordem de R$ 28 milhões, a iniciativa visa dar continuidade às ações das redes de pontos de cultura e fortalecer a política nacional de cultura viva no brasil, junto com os agentes cultura viva, o comitê gestor do pontão de cultura, às redes territoriais, temáticas, setoriais e identitárias de pontos de cultura.
A iniciativa vai garantir a instalação de um pontão da cultura em cada um dos estados da federação. Já nos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro serão dois pontões em cada um. Toda ação será feita por meio da gestão compartilhada com os governos municipais, estaduais e a política nacional de Cultura Viva.
O diretor da política nacional de Cultura Viva, da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural (SCDC) do MinC, João Pontes, explica mais sobre a importância do resgate da cultura viva para a sociedade. “A política nacional cultura viva é extremamente importante para garantia do acesso da população aos bens e serviços culturais. É a política de base comunitária do sistema nacional de cultura. O que significa isso? É dizer que o acesso aos bens e serviços culturais é um direito social básico. Mas a diferença da política nacional cultura viva em relação a outras estratégias, é que ao invés do estado levar cultura, ele reconhece e potencializa os grupos culturais que já desenvolvem atividades culturais, que já promovem o acesso da população. É a política de base comunitária do sistema nacional de cultura. São os grupos de dança, de teatro, de capoeira, das culturas populares e a diversidade cultural brasileira. Os pontos de cultura, que são a base da política nacional cultura viva, estão para o sistema nacional de cultura, como as escolas estão para o sistema de educação, os postos de saúde estão para o sistema de saúde. Enfim, é a garantia do acesso da população aos bens e serviços culturais.”
Os projetos contemplados terão como ação estruturante o agente cultura viva. Ou seja, jovens entre 18 e 24 anos que serão selecionados para apoiar as ações de diagnóstico, mapeamento, mobilização, articulação de redes e formação. Cada agente receberá uma bolsa de R$ 900 mensais.
A política de cultura viva contempla iniciativas ligadas à cultura de base comunitária, indígenas, quilombolas, de matriz africana, economia solidária, produção cultural urbana e periférica, cultura digital, cultura popular, com ampla incidência no segmento da juventude, abrangendo todos os tipos de linguagem artística e cultural, como música, artes cênicas, cinema, circo, literatura, entre outras.